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Fundação Sanepar apresenta aos sindicatos a situação do Sanesaúde

Na manhã desta quinta-feira (23), o Coletivo Sindical da Sanepar esteve reunido com a presidente das Fundações Sanepar, Cláudia Trindade, para conhecer de perto os números do nosso plano de saúde e entender melhor sua real situação. 

De maneira geral, a presidente foi bem didática em suas explicações e, de fato, respondeu a grande parte dos questionamentos que os sindicatos já haviam feito em outras reuniões. Ela começou apresentando diversos números. Entre eles a adesão ao Sanesaúde, que é de 99,12%. 

Ou seja, apenas pouco mais de 80 empregados não aderiram ao plano de saúde da empresa, muitos porque utilizam o plano de saúde do cônjuge. Do restante, são 7.496 empregados ativos, 2.433 aposentados e pensionistas e outros 15.528 dependentes. Isso demonstra que, atualmente, o Sanesaúde atende a mais de 25 mil pessoas!


Em seguida, Cláudia reforçou aquele fato que nós já conhecemos: nosso plano de saúde está consumindo mais do que arrecada. E isso, de acordo com ela, se deve a dois fatores principais: o primeiro é que a expectativa de vida aumentou e o segundo é que aumentou também o custo médico em todo país. Traduzindo em números, atualmente o Sanesaúde tem uma reserva de cerca de R$ 7 milhões e a margem de solvência da ANS seria de R$ 4,1 milhões. Com isso, há um superávit de R$ 2,9 milhões.

Porém, não dá para ficarmos tranquilos. Ainda de acordo com os números apresentados por ela, em 2015 o plano de saúde já gastou R$ 41,1 milhões enquanto arrecadou apenas R$ 37,6 milhões. Traduzindo: já acumulamos um déficit de R$ 3,5 milhões neste ano.

Outro dado apresentado diz respeito às despesas de alto custo (dentre as quais estão ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia). Em 2014, 64 beneficiários somaram uma despesa de R$ 5,4 milhões. Até agora, em 2015, já foram gastos R$ 4,8 milhões. E ainda faltam 5 meses para o ano acabar...


Somando as despesas gerais com internamentos, exames, consultas, odontologia, ambulatório, terapias e outras, o valor deste ano já chega a R$ 39,9 milhões, contra R$ 70,4 milhões gastos no ano de 2014.

Sobre o questionamento que fizemos em outras ocasiões a respeito do fato da ASSESA ser patrocinadora do Sanesaúde, a presidente esclareceu que ela se encaixava nos critérios dos patrocinadores, entre eles o de “guardar relação com o objeto do estatuto da autogestão”, que seria água. Neste momento, o presidente do Saemac pediu a palavra para criticar, abertamente, este patrocínio, alegando que a ASSESA é uma instituição “chapa branca” e que o dinheiro dela sai da própria Sanepar, gestora do plano de saúde. 

O número de pessoas “autopatrocinadas”, ou seja, aquelas que pagam integralmente para utilizar o plano de saúde é de 150 titulares, sem contar os dependentes. Aqui entram todos que já saíram da empresa, mas optaram por manter a utilização do Sanesaúde.

Por fim, começaram os esclarecimentos a respeito da estrutura do reajuste que será necessário para manter a saúde do nosso plano. Ele se dará de três formas distintas: reajuste na tabela de contribuições, alteração na coparticipação e execução de um Plano de Contingência.


Haverá o reajuste já anunciado anteriormente de 9,83%, equivalente ao reajuste dos salários, que já passa a valer a partir de junho/2015 na tabela. 

Além disso, as coparticipações sofrerão alteração a partir de agosto/2015. As consultas que antes o beneficiário pagava R$ 26,70, equivalente a 30%, agora custarão R$ 35,60, ou seja, 40%. As internações que antes não eram cobradas passarão a custar R$ 100,00, valor que independente do período de duração delas. Os exames de alto custo continuarão sendo cobrados no percentual de 30%, mas o que subiu foi o limite. Antes era de R$ 63,28 e agora subirá para R$ 100,00. 

Os exames de baixo custo que não eram cobrados até então, passarão a ser cobrados em 30%, com limite de R$ 100,00. As terapias extra rol que antes eram cobradas sobre o percentual de 30% subirão para 50% e, por fim, os tratamentos odontológicos subirão de 20% para 30% a coparticipação do beneficiário.

A nova tabela de mensalidades também foi apresentada e vocês podem conferir abaixo:


O que a presidente das Fundações transpareceu foi que há um compromisso em nos fornecer sempre informações atualizadas e que não há nenhum projeto de alteração drástica no Sanesaúde. Os representantes sindicais concordaram com isso, mas pediram ainda para que eles possam participar efetivamente das decisões, inclusive de uma possível alteração estatutária que o plano possa sofrer.

Por fim, o Saemac lamenta um episódio ocorrido logo após a conclusão da reunião, onde já fora dos bastidores um diretor da Fundação, em conversa com seu assistente, ironizou uma das propostas feitas pelos sindicatos, que se refere ao pagamento proporcional do plano de saúde em relação aos salários, afirmando "onde já se viu quem ganha menos, pagar menos?", e dando aquela gargalhada em seguida. No mínimo, essa pessoa está trabalhando no lugar errado. Esperamos que a maioria tenha mais sabedoria e não fale uma coisa na nossa frente e faça outra pelas nossas costas.

3 comments:

A partir desse momento o plano de saúde passa a se tornar algo preocupante aos funcionários da carreira de nível médio. Devemos agora lutar por maior participação da empresa nas contribuições ao plano, pois um funcionário que possa a ficar doente ou que tenha seus dependentes apresentando algum tipo de doença, passa a ficar praticamente sem salário. Os custos médicos hoje são extremamente altos, e se formos contar que o salario liquido de um funcionário que teria 3 dependentes, contribui para o plano de previdencia, descontando-se a contribuição de INSS, vale alimentação, contribuição sindical... Este funcionário não teria sálario levando em conta os custos com transporte e tudo mais. Devemos rever a participação da empresa no plano de saude e tambem na previdencia, apenas estamos preocupados com o aumento salárial e presentinhos como abono e PPR, e esquecemos nos almentos nos descontos. O poder aquisitivo está diminuindo em vez de aumentar.

Até concordo que a co-participação maior por parte do empregado, pode tornar mais criterioso o uso do plano. Mas na proposta que esta sendo apresentada, parece que não vai aumentar o aporte ao plano, somente aumentará o desconto do empregado e baixará da empresa, sem ganhos para o plano.

De fato algo deve estar errado vamos atentar para alguns dados em 2014 tinhamos 25.000 beneficiários que gastaram R$ 70,4 milhoes onde 64 beneficiários gastaram R$ 5,4 milhões. Em 2015 em sete meses os 25.000 beneficiários ja gastaram R$ 39,9 milhões e os 64 beneficiários ja gastaram R$ 4,8 milhões. Onde será que esta o problema, excesso de gastos, erro de planejamento de custos, ou erro de informação repassada os beneficiários

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