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A reunião sobre as Fundações Sanepar iluminou, mas não chegou a clarear a situação

Depois de toda a mobilização do Coletivo Intersindical para obter informações precisas e verdadeiras a respeito das situações recentes envolvendo as Fundações Sanepar, ontem (02) representantes dos sindicatos estiveram reunidos com a presidente das Fundações, Cláudia Trindade, o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, o diretor-administrativo da Sanepar, Francisco Farah e a presidente do Conselho de Administração das Fundações, Cristiane.

Para começo de conversa, questionamos o que motivou a renúncia coletiva dos diretores da Fundação. O que eles alegaram, sem muita certeza, é que havia uma incompatibilidade de opiniões entre os diretores da Fundação e a Sanepar. Enquanto a primeira alegava que era necessário reajustar o plano de saúde em um percentual maior do que foram reajustados os salários no último ACT, a outra parte envolvida não queria permitir que isto acontecesse. Assim, os “descontentes” teriam pedido pra sair.


Fato é que o plano de saúde está mesmo deficitário. Em 2014 já foi assim e ele acumulava, na época, um déficit de R$ 3,6 milhões. De acordo com os representantes da Sanepar e das Fundações, a reserva financeira vem sendo consumida mais a mais a cada mês, em um percentual próximo a 10%, e corre o risco de chegar ao limite mínimo exigido pela ANS.

Mas o que os sindicatos questionaram foi: por quê existe esse déficit? O que ocasionou isso? Lembrando que nós estamos há alguns anos questionando o fato de alguns trabalhadores de base comprometerem quase 25% do seu salário com o plano de saúde... Segundo eles, o custo médico é muito alto e a inflação neste setor é maior do que nos demais. Ok, tudo bem. Mas queremos saber de números! O quão alto é? O quanto mais caro é?

Somente o acesso dos sindicatos e trabalhadores a esses valores seria uma justificativa efetiva para uma alteração no SaneSaúde, que deve sofrer um reajuste imediato de 7,68%, mesmo percentual aplicado aos salários. Aliás, eles afirmaram que novas alterações devem acontecer assim que a consultoria especializada, que foi contratada para analisar a situação do plano de saúde, emitir o seu parecer e suas sugestões.


Em todo momento, batemos na tecla de que a transparência é fundamental neste momento. Não foi à toa que nós protocolamos um ofício solicitando as atas das reuniões do Conselho das Fundações realizadas nos últimos 24 meses. Inclusive, o presidente da Sanepar, estranhou o fato destas atas não estarem publicadas no site, já que de acordo com ele, elas são uma informação pública. Na mesma hora, a recém empossada presidente das Fundações retrucou dizendo que, na verdade, essas atas contém informações estratégicas e, por isso, são sigilosas.

Também reforçamos que não admitimos a terceirização e que queremos que a “caixa preta” das Fundações seja aberta! Não aguentamos mais ouvir de um lado que o plano de saúde está muito bem, obrigado; e do outro que ele está à beira da falência. Aliás, baseado em que informações o representante dos trabalhadores no CAD, senhor Edson Michaloski, alegou no mês de maio deste ano, em e-mail enviado a todos os trabalhadores, que o nosso plano de saúde estava “robusto e saudável”?


É por essas e outras, saneparianos da ativa e aposentados, que nós recomendamos sempre que vocês busquem informações corretas porque, na verdade, as coisas não estão nada confortáveis nas Fundações Sanepar!

Agora, ficaremos aguardando que a consultoria especializada finalize a análise sobre o nosso plano de saúde e, claro, aguardaremos também as atas já solicitadas para que possamos também nós averiguar o que está acontecendo com o nosso plano de saúde.

Assim que as informações concretas estiverem em nossas mãos, faremos uma análise de valores e estaremos repassando isso a todos os trabalhadores com transparência!

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